terça-feira, 26 de abril de 2011

Pintura de uma Espada com Tintas Metálicas

Photobucket



Passo a passo de pintura de uma espada utilizando tinta acrílica com pigmentos metálicos. As tintas usadas foram das Marcas Vallejo e Citadel, identificadas no texto pelas iniciais V ou C logo após a denominação de cada cor, a diluição é descrita na forma tinta/água. Esta é apenas uma das muitas maneiras possíveis de pintar metais, não é a intenção do artigo esgotar o tema ou definir padrões absolutos de certo ou errado. A superfície foi pintada com tinta metálica, mas utilizando conceitos empregados na pintura de metais não metálicos como iluminação direcionada e contraste de grande intensidade.



Photobucket


1-      Quando utilizo tintas metálicas para pintar uma superfície simulando metal o primeiro passo é aplicar um fundo preto à superfície que irei trabalhar, pois propiciará uma base mais adequada para a imitação de metal, se a tinta metálica fosse aplicada diretamente sobre o branco resultaria num acabamento um tanto esbranquiçado e com pouca “profundidade”.

2-      Após aplico a capa base, sobre a qual farei todo o trabalho propriamente dito. Nessa fase o mais importante cobrir a superfície por igual, para que tenhamos uma base adequada para pintar, sem manchas ou zonas onde não houve uma cobertura homogênea. Aqui a cor utilizada foi Bolt Gun Metal(C), em geral costumo utilizar uma cor de tom médio e sobre ela trabalhar zonas de luz e sombra.

3-      Com uma mistura de Gun Metal(C) + Mithril Silver(C) acrescentei as primeiras luzes, sempre dando pinceladas que começam na região mais escura e terminam na mais clara, neste caso da parte mais central da espada em direção às bordas, desta forma obtenho um gume mais afiado para a espada, pois o pigmento sempre se concentra com maior intensidade no final da pincelada, assim sempre deve-se ter em mente em que ponto da superfície da miniatura queremos que ocorra esta maior concentração. Esta etapa foi repetida por duas vezes sendo a segunda com mais Mithril Silver(C) acrescentado à mistura.



Photobucket




4-      Agora foi feito o inverso, ou seja, escureci o Bolt Gun Metal(C) acrescentando Negro(V) e comecei a marcar os pontos de sombra da espada, que passa a ter volumes bem definidos, esse passo também foi repetido duas vezes, sendo a segunda com mais preto na mistura Gun Metal(C) + Negro(V).

5-      Utilizei preto da Vallejo para pintar as sombras da espada, pois queria um acabamento mais fosco, com luminosidade apenas nos locais elegidos. Nessa etapa trabalhei com preto puro, bastante diluído, algo em torno de 1/10 e apliquei umas 3 camadas.

6-      Aqui só acrescentei umas luzes com Mithril Silver(C), principalmente no centro e misturando com o preto que tinha sobrado na paleta fiz uma mancha no meio da sombra.






Photobucket


7-      Neste passo pode-se acompanhar a primeira tonalização com Turquoise Glaze(C) 1/7, com umas duas aplicações. Como a idéia era dar um aspecto limpo, apenas enriqueci o trabalho cromático com nuances azuladas , sem cair num acabamento oxidado por isto optei por uma tonalidade azul turquesa. Se, por outro lado, a idéia fosse sujar o acabamento podería utilizar laranjas, violetas e marrons, ou verde dependendo do metal que estivesse tentando simular e da intensidade de oxidação, uma boa idéia é observar como é uma superfície enferrujada no mundo real e tentar imitar sua aparência, é interessante criar uma pasta no micro e arquivar algumas imagens para utilizar como referência para consultas futuras.

8-      Continuei o trabalho de tonalização acrescentando uma quantidade muito pequena de Armour Wash(C) ao Turquoise Glaze(C) e diluí um pouco mais a mistura, 1/9. Essa mescla foi aplicada umas duas vezes, com maior ênfase nas transições entre luz e sombra, resultando já em um trabalho com transições mais suaves.

9-      Aqui se pode ver o resultado obtido após duas aplicações de veladuras com Bolt Gun Metal(C). Com a tinta bem diluída, 1/6, apliquei veladuras nas zonas intermediárias entre uma cor e outra, fazendo com que ocorra uma transição menos brusca entre as áreas de maior luminosidade e as mais sombreadas da figura.

10-      Nesta etapa mais uma vez retoquei as luzes com Mithril(C) e as sombras com Armour Wash(C), pode parecer estranho estas constantes correções, mas elas fazem toda diferença, pois trabalhando com diluições altas, quanto mais capas de pintura maior a qualidade do resultado final, maior a suavidade do trabalho.






Photobucket


11-      Optei por fazer a espada com a empunhadura em bronze e os detalhes em ouro, assim, pintei os detalhes com Spearstaff Brown (C), pois queria um acabamento bastante brilhante, intenso, para as partes em ouro. Depois outra aplicação de Mithril Silver(C) e Black(V) para realçar o contraste, que é uma característica muito importante, sobretudo quanto se tratando de metais, quanto maior o contraste que conseguirmos dar melhor, mais realista parecerá nossa espada.

12-       Aplicação de Dwarf Bronze(C) e Burnished Gold(C)

13-       Nessa foto pode-se ver o resultado da adição de sombras com Brown ink(C), Rust Brown ink(C) e com Green Ink(C) em alguns pontos das partes bronze. Esse trabalho foi feito e repetido logo após sobre uma área menor e mais localizada, a diluição utilizada foi de 1/8.

14-       Aqui com Burnished Gold(C) + Sunburst Yellow(C) acrescentei mais brilho ao ouro e fiz o mesmo nas partes em bronze com Burnished Gold(C). Logo após perfilei o contorno dos rebites com Armour Wash(C), enquanto o trabalho das luzes secava. Em seguida adicionei perfilados de luzes com Mithril Silver(C), poderia ter primeiramente misturado com a cor base, mas como as superfícies são muito pequenas achei desnecessário e pulei essa etapa, passando diretamente ao Mithril Silver(C), até porque estava usando tinta muito diluída, logo, a capa foi muito fina.





Photobucket



15-      Com novos retoques nos pontos de luz e reforço das sombras, mais uma veladura com Bolt Gun Metal(C) suavizando as transições e aqui temos a espada concluída, ao menos em linhas gerais, pois provavelmente até o final da mini alguma coisa ainda será melhorada, algum ponto de luz adicionado, ou transição atenuada tendo em consideração buscar uma harmonização com o resto do trabalho.

No início da postagem pode-se ver a foto da mini depois de terminada.



Visite minha Galeria no CMON

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Como Fazer uma Lightbox


          
Este pequeno artigo ensina como construir uma lightbox com materiais muito simples, que qualquer um tem fácil acesso e que pode ser elaborada com poucas ferramentas, posteriormente postarei um projeto de uma lightbox mais elaborada.

O que é e para que serve uma lighthbox

Lightbox é, como o próprio nome diz, uma caixa, utilizada por fotógrafos para fotografar pequenos objetos, como se fosse um mini estúdio fotográfico, onde é possível controlar a incidência de luz em um pequeno objeto.
Ao se posicionar uma lâmpada sobre uma miniatura para fotografá-la a luz incidirá sobre sua superfície criando reflexos e alterações na cor, distorções na percepção da realidade. Ao fotografamos uma figura é muito importante que a foto reproduza da maneira mais fiel possível a nossa pequena obra de arte.
A lightbox é um receptáculo com paredes de tecido ou papel e com um fundo. Como as paredes da caixa são transparentes elas permitem que a luz passe, mas de maneira difusa, pois a luz é filtrada pelo revestimento da lighthbox, eliminando assim sombras e reflexos indesejados.

Material

Segue uma receita rápida e simples para confeccionar uma lighthbox:
1-      Uma caixa de papelão do tamanho suficiente para colocarmos uma mini e um fundo infinito (a da foto tem as seguintes medidas: 32 de largura, 25 de altura e 25 de profundidade);
2-      Tecido branco daqueles que são usados em forro de roupas ou algum tipo de nylon fino ou papel utilizado para cobrir mesas, não é papel absorvente, pois é muito fraco, ou ainda, um papel de forno, papel manteiga também serve, o importante é que ele tenha mais transparência que uma folha de papel comum;
3-      Cola branca ou cola quente ou ainda qualquer cola que cole tecido ou papel se foro o caso;
4-      Fundo para o mini estúdio, a da foto está com um fundo em dégradé de azul para branco, mas pode-se usar uma cartolina cinza claro ou azul claro ou de qualquer outra cor;
5-      Como a caixa utilizada não era muito forte necessitou de alguns reforços em pontos específicos que foram realizados com dois cabides velhos de madeira e arame;
6-      Estilete;
7-      Tesoura;
8-      Régua;
9-      Fita Crepe.

Execução

Primeiramente foram cortadas com o estilete 3 janelas em 3 dos lados da caixa, por onde entrará a luz na lightbox, deixando uma borda de uns 1.5 à 2cm para servirem de base onde fixar o tecido e para que formem uma espécie de armação para a caixa. Foi cortada uma das laterais maiores, que será o topo da lightbox e duas das laterais menores que se tornarão as janelas laterais do aparato, deixando o fundo da caixa (onde posteriormente foi fixado o dégradé pelo lado interno e que servirá de fundo para a fotografia) e uma das laterais, que será a parte inferior, intocadas.
Após é só colar o tecido ou papel nas laterais vazadas, e dar acabamento com a fita adesiva.
Como é possível ver nas fotos, o tecido foi colado nas tampas da caixa também, assim tornam-se possíveis algumas alternativas de iluminação, o tecido não foi cortado rente ao final das abas das tampas, servindo para fechar de maneira mais efetiva a caixa, evitando ao acúmulo de poeira dentro do mini estúdio.
Depois de cortada a caixa ficou flexível demais foram então fixadas duas colunas, feitas com a parte de madeira dos cabides, também foi utilizado o arame para fazer uma armação unindo as duas colunas.
No exemplo fotografado foi utilizada apenas uma lâmpada posicionada acima da caixa, mas pode-se utilizar diversas configurações, com lâmpadas laterais ou até mesmo com iluminação frontal, com uma das lâmpadas posicionadas por trás da câmera.
Acho que as fotos demonstram bem como a coisa funciona...



Photobucket

Photobucket

Photobucket